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A convivência pode matar o encanto?

Cada gesto, cada palavra do outro carrega uma novidade encantadora.

TVI (MTB 0020533/MG)
Por: TVI (MTB 0020533/MG) Fonte: Izabelly Mendes.
13/06/2025 às 09h50
A convivência pode matar o encanto?
Izabelly Mendes

No início de um relacionamento, tudo parece mágico. Os olhares trocados, as conversas intermináveis, o frio na barriga antes de um encontro. Cada gesto, cada palavra do outro carrega uma novidade encantadora. É o tempo das descobertas, dos sentimentos intensos, da paixão que cega os defeitos e enxerga com lente de aumento as qualidades. Mas com o passar do tempo, quando o relacionamento se consolida e a convivência diária se instala, muitos se perguntam: será que a convivência pode matar o encanto?

Essa pergunta é mais comum do que se imagina, e a resposta depende de muitos fatores. O que é certo, porém, é que a convivência transforma o relacionamento. A paixão arrebatadora dá espaço para o afeto calmo, para a construção conjunta, para a intimidade verdadeira. Mas se não houver cuidado, diálogo e esforço mútuo, esse processo pode sim apagar o brilho que um dia existiu.

O encanto da novidade

No início, o “encanto” está ligado à novidade. Tudo é desconhecido: os hábitos, os gostos, as reações. Há um mistério envolvente, uma busca por descobrir o outro. A ausência de rotina favorece a fantasia. Mas é justamente aí que mora um dos principais equívocos: acreditar que o relacionamento pode viver eternamente na fase da descoberta e da euforia. Isso não é sustentável. Relações longas exigem solidez, e isso vem com a convivência.

Quando o cotidiano pesa

A convivência traz o dia a dia, com suas repetições, tarefas, cobranças e divergências. O que era encantador pode se tornar motivo de irritação. O que era tolerado pode virar motivo de discussão. Quando não há maturidade emocional para lidar com as diferenças e com o desgaste natural da rotina, o encanto pode se perder.

Muitos casais confundem essa mudança de fase com o fim do amor. Mas o amor verdadeiro é aquele que se adapta, se reinventa, que sobrevive às mudanças e encontra beleza mesmo nas imperfeições do outro. O problema não é a convivência em si, mas como ela é conduzida.

A importância de manter a admiração

Um dos segredos para que o encanto não morra é manter viva a admiração. Admirar o parceiro vai além de elogiar sua aparência. É respeitar suas escolhas, valorizar suas atitudes, reconhecer seus esforços. Quando a admiração morre, o relacionamento corre risco. A convivência pode até esfriar o desejo, mas se ainda houver admiração, há base para reconstruir o encantamento.

Os perigos da acomodação

Outro fator que contribui para a perda do encanto é a acomodação. Com o tempo, é comum que os parceiros deixem de se esforçar para agradar o outro. Esquecem os gestos carinhosos, os elogios, as surpresas. A relação entra no piloto automático. E é aí que o encanto desaparece, não por culpa da convivência, mas pela falta de zelo.

Os relacionamentos precisam ser nutridos diariamente. Pequenas atitudes fazem diferença: preparar o café da manhã com carinho, ouvir com atenção, enviar uma mensagem carinhosa durante o dia. São esses gestos simples que renovam o encantamento.

Intimidade não é sinônimo de desleixo

Com a convivência, vem a intimidade. Isso é ótimo. Mas às vezes, a intimidade vira desleixo. A pessoa deixa de cuidar de si, de se arrumar, de manter o charme que tinha no início. O "já estamos juntos mesmo" pode ser um dos maiores venenos para a relação. Sentir-se seguro no relacionamento não significa deixar de seduzir, de surpreender, de cuidar da conexão.

O encanto que evolui

É importante entender que o encanto não precisa morrer, ele pode evoluir. No começo, ele está na intensidade. Com o tempo, ele pode estar no olhar cúmplice, no carinho silencioso, na parceria sólida. O amor maduro tem encantos diferentes: saber que pode contar com o outro, sentir-se acolhido, crescer junto.

Casais que conseguem reinventar o relacionamento, encontrar novos motivos para se encantar, são aqueles que compreendem que o amor é movimento, é construção constante. Reconhecem que a convivência pode ser desafiadora, mas também pode aprofundar os laços.         photoacompanhantes

Conclusão

A convivência, por si só, não mata o encanto. O que pode matá-lo é a falta de cuidado, de escuta, de valorização do outro. O amor não sobrevive apenas de lembranças do início. Ele precisa ser cultivado no presente. Precisa de presença, de afeto, de intenção.

Relacionar-se é um ato de coragem. É estar disposto a enxergar o outro sem idealizações e, ainda assim, escolher ficar. Se há respeito, admiração e vontade de crescer juntos, a convivência deixa de ser um obstáculo e passa a ser um caminho para um encantamento mais real, mais profundo e mais duradouro.

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